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Schneider Electric

Mudança de plugues e tomadas novo padrão NBR14136

Publicado: 28 de fevereiro de 2010 Categoria: Artigos de produto

A partir de janeiro de 2010, os aparelhos e equipamentos elétricos e eletrônicos sairão de fábrica com plugues e tomadas que atendem ao padrão brasileiro. Esta é a última fase da implantação do novo padrão, que está sendo introduzido de forma gradual, visando, primordialmente, dar maior segurança às pessoas e às instalações elétricas.

Mudança de plugues e tomadas novo padrão NBR14136


Para facilitar a compreensão pelos consumidores, a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) preparou uma série de perguntas e respostas com o objetivo de esclarecer dúvidas frequentes sobre o processo de implantação do padrão brasileiro de plugues e tomadas.

 


Nós da Schneider Electric gostaríamos de compartilhar com vocês essas informações.






- Como foi escolhido o padrão brasileiro?
A escolha passou por diversas análises que compararam vários tipos de modelos existentes no país, até chegar a um que atendesse à maior parte dos produtos e equipamentos comercializados na ocasião. Hoje, 80% dos plugues de dois pinos comercializados em aparelhos elétricos e eletrônicos já se encontram adequados ao padrão brasileiro.

- Quem decidiu?
O processo de discussão, iniciado há cerca de 15 anos, foi realizado de forma democrática, com a participação de todos os agentes da sociedade, fabricantes, governo, sociedade civil e consumidores, que puderam se manifestar por meio de audiências públicas. Portanto, esta foi uma decisão coletiva, que possibilitou a participação de todos os brasileiros.

- Qual o objetivo da mudança?
A padronização veio para facilitar a vida do usuário que convivia com mais de 14 tipos de tomadas e 12 tipos de plugues. Ela veio, também, para conferir maior segurança aos usuários e às instalações elétricas: o simples ato de ligar aparelhos com diferentes formatos de plugues e de diferentes potências se tornava uma ameaça à segurança do usuário.

- Os plugues e tomadas antigos não eram seguros?
Devido à variedade de tomadas e plugues, os principais aspectos de segurança nem sempre eram eficazes e que ocasionavam contatos acidentais e conexões mal feitas, devido, por exemplo, às diferentes concepções, dimensões etc. Com a unificação dessa diversidade, por meio da padronização, os citados problemas foram considerados, aumentando a segurança do usuário e da instalação elétrica.

- Por que não foi adotado um padrão universal?
Porque não existe um padrão universal. Várias tentativas em todo o mundo, inclusive da entidade internacional de normalização do setor, a Comissão Eletrotécnica Internacional - IEC -, não foram adiante. Nem mesmo a Comunidade Européia - que já estabeleceu outros padrões únicos, entre eles a moeda -, conseguiu padronizar os plugues e tomadas. Por esse motivo, muitos países, em todo o mundo, estabeleceram seus próprios padrões (são mais de 100 modelos) como os Estados Unidos, Inglaterra, França, Argentina, Espanha, Chile, Portugal etc. Quando as partes interessadas se reuniram com a ABNT para definir o padrão a ser implantado no Brasil, surgiram algumas propostas para que fossem escolhidos padrões de outros países. Mas o padrão brasileiro tinha que atender a três premissas básicas: segurança, adaptabilidade e baixo custo, o que não se verificava nos demais padrões.

- E porque não adotar padrão de outro país?
Inicialmente a Comissão Estudo da ABNT tomou como referência o padrão Alemão, considerado o mais seguro do mundo. Porém, ele possui elevado custo, ocupa grande espaço na caixa da tomada e não permite compatibilidade com os plugues e tomadas utilizadas no Brasil. Para se chegar aos plugues e tomadas padronizados, foram considerados todos os aspectos de segurança, pequeno volume e custos menores.

- O que foi mudado para aumentar a segurança?
A tomada tem uma cavidade que impede o choque elétrico, que, no modelo antigo, poderia ocorrer em função do contato acidental com o pino do plugue energizado. Igualmente, a cavidade impede que um pino do plugue seja inserido na tomada e o outro pino energizado fique fora, ocasionando, também, o choque elétrico.

- Por que existem tomadas com furos de diâmetros diferentes?
Existem aparelhos que consomem mais energia (até 20 A - Ampères) e aparelhos que consomem menos energia (até 10 A - Ampères). Para ligar os de 20 A, deve-se utilizar tomadas de 4,8 mm e toda instalação elétrica deve estar adequada para ligar este aparelho, ou seja, os fios devem ser mais grossos e toda proteção (disjuntor, por exemplo) deve ser dimensionada para este consumo. Para ligar aparelhos de menor consumo (10 A), o fio pode ser mais fino. ATENÇÃO:
- Aparelhos de maior consumo só podem ser ligados em tomadas de 20 A. Aparelhos de menor consumo podem ser ligados em tomadas de 20 A e de 10 A.
- Não basta apenas substituir a tomada de 10 A por uma de 20 A para ligar aparelhos de maior consumo. É preciso conferir a grossura do fio, e toda proteção, para evitar superaquecimento dos fios e, consequentemente, curto-circuito e incêndio.
- Na dúvida, o usuário deve consultar um eletricista de sua confiança.

- Vou ter que mudar todas as tomadas de minha casa e vou ter que comprar produtos com plugues padrão?
Não. A mudança não é drástica. A quase totalidade dos aparelhos com plugues de dois pinos redondos comercializados em aparelhos eletroeletrônicos é conectável à tomada padrão.

- Quer dizer que os plugues novos vão encaixar nas tomadas atuais?
Sim. As dimensões e as distâncias entre os furos da tomada padrão permitem o encaixe de plugues redondos com o formato atual em mais de 80% dos aparelhos atualmente comercializados, garantindo a conectividade dos plugues e das tomadas antigas com os plugues e tomadas padrão.

- Mas o que vou fazer com os 20% dos aparelhos que atualmente não são contemplados com a conectividade?
Para a conexão desses aparelhos, será necessária a utilização de adaptadores certificados. Mas ressaltamos que, para estes casos, o ideal é trocar a tomada.

- Os novos adaptadores são mais seguros do que os adaptadores antigos?
Sim. Os novos adaptadores incorporam tecnologia que asseguram esta segurança. Além disso, hoje todos os adaptadores devem ser certificados, isto é, o produto deve ser submetido aos testes predefinidos e somente após aprovados é que podem ser comercializados. Os adaptadores podem ser utilizados como solução neste momento de transição, respeitando as características nele declaradas.

- Que cuidados devem ser tomados com os adaptadores?
Os adaptadores devem ser utilizados como solução temporária. A instalação elétrica deve ser adequada o mais rápido possível.

- Quando vou perceber as mudanças?
A maior mudança para os consumidores ocorrerá a partir de 2010 quando aparelhos como geladeira, máquina de lavar roupa e microondas, que necessitam de incorporação do fio-terra, apresentarão o plugue de três pinos. Para esses casos, o consumidor terá que trocar a sua tomada. Nos demais, a troca da tomada será feita à medida que o consumidor julgar necessária, uma vez que o plugue padrão de dois pinos é compatível com a tomada atual.

- Aquele fio que tem pendurado atrás da minha geladeira, vai desaparecer?
Sim. Aquele fio da geladeira e de vários outros eletrodomésticos tem a mesma função do "3° pino" dos plugues e tomadas do padrão brasileiro, isto é, proteger o usuário contra choque elétrico acidental. Quando o aterramento é feito, a descarga elétrica decorrente de uma falha no aparelho se dá pelo pino de aterramento. Só que, como as construções não ofereciam aterramento, o fio ficava sem função. Agora, com o novo padrão o fio desaparece e o aterramento será feito através do plugue com três pinos e da tomada com três furos.

- Mas, e se a minha casa não tiver aterramento?
Especialmente no caso daqueles produtos que necessitarem do fio terra, tais como refrigerador, microondas, máquina de lavar roupa etc., o benefício total do plugue padrão só será alcançado se o consumidor adequar a instalação elétrica na qual vai conectar esses aparelhos. Aos poucos, com o passar dos anos, mais e mais construções estarão com o aterramento e mais pessoas terão os benefícios desse aspecto do padrão brasileiro de plugue e tomada.

- Estou pensando em construir uma casa. Vou ter que fazer o aterramento?
Sim. A Lei 11.337, de 26 de julho de 2006, determina que todas as novas edificações precisam ter o aterramento da rede elétrica. Além do aterramento, instale a tomada padrão e você estará construindo a sua casa com muito mais segurança. A segurança não é só do consumidor, mas também das instalações elétricas. A necessidade do condutor terra (fio terra) não é decorrente da implantação do padrão brasileiro de plugue e tomada.

- Comprei um aparelho em que o plugue é de três pinos e minha tomada é a antiga, sem aterramento, o que fazer?
Esse tipo de aparelho necessita de aterramento para garantir a segurança do usuário, como já era necessário com a tomada antiga. Repetimos, essa situação não é decorrente da tomada padrão. Neste caso você tem que tomar a seguinte providência: instalar o condutor de aterramento (fio terra) e trocar a tomada para padrão brasileiro.

- A mudança ocasionará aumento no preço dos produtos?
Não. O que ocorre é o contrário principalmente devido à redução de tipos de tomadas e de plugues.

- Tenho um aparelho de dois pinos chatos, o que fazer?
Enquanto sua tomada for do modelo antigo, não precisa fazer nada. Agora, ao trocar a tomada da sua casa por uma nova - em um movimento natural de manutenção  ou comprar uma residência que atenda ao padrão brasileiro, você tem duas opções:
- usar adaptador certificado pelo Inmetro;
- trocar o plugue ou o cabo de alimentação do seu aparelho com um eletricista ou em uma oficina de manutenção autorizada, caso o seu aparelho ainda esteja na garantia.

- Qual o motivo das manifestações contrárias que estão sendo feitas recentemente?
Estas manifestações muitas vezes atendem interesses escusos e são feitas de forma extemporânea, sendo que muitos que se posicionam contrários agora participaram de todo o processo e não se manifestaram no momento propício.

- Esta medida pode prejudicar as exportações brasileiras?
Hoje, as empresas brasileiras que exportam devem atender o padrão do país de destino e isto ocorre em outros setores também. Por exemplo, se uma montadora de automóveis brasileira for exportar um carro para a Inglaterra ou para o Japão, terá que adaptar o lado do motorista com o padrão daqueles países. O mesmo ocorre com os plugues, tomadas e aparelhos. 


Para mais informações acesse: www.abinee.org.br