Mercado brasileiro indica tendência de construção de arenas multiuso, com modernos sistemas de iluminação.

O Brasil ainda é o país do futebol, e o esporte continua atraindo multidões e movimentando muito dinheiro a cada ano.
Além da montagem de equipes cada vez mais competitivas, muitos clubes investiram nos últimos anos nos estádios, que se tornaram modernas arenas. Essa tendência gerou grandes oportunidades para os fornecedores de soluções, como os produtos de iluminação. De acordo com o presidente da Signify no Brasil, Daniel Tatini, existe uma tendência dos estádios seguirem como arenas multiuso. E, consequentemente, a interação da iluminação, do áudio, do vídeo, em geral com o público, aumenta o custo ou o investimento da infraestrutura para receber esse nível de tecnologia.
A boa notícia, prossegue o executivo, é que eles estão enxergando isso como uma grande oportunidade. “Se analisarmos os projetos recém-realizados pela Signify no Allianz Parque e na Neo Química Arena, podemos garantir que estão no caminho certo. São dois clubes e empresas que entenderam a necessidade de uma iluminação de ponta aliada à oportunidade de criar a experiência dos torcedores de uma maneira totalmente diferente. Aqui no Brasil estamos em um caminho importantíssimo. Vale dizer que tanto no Brasil quanto na Europa já é uma grande tendência. Grandes clubes já têm feito isso e posso dizer com muito orgulho que a iluminação desses dois estádios é literalmente espetacular. É o que tem de bom e de melhor. Agora, a tendência é que outros clubes sigam por este caminho”, analisa Tatini.
Sobre as vendas da empresa especificamente nesse segmento de iluminação de arenas esportivas, Tatini diz que o Brasil tem espaço para crescimento. Ele reforça que o Allianz Parque e a Neo Química Arena são dois ótimos exemplos de como é possível trazer o público para mais perto com este tipo de ação. “As pessoas chegam mais cedo nas arenas para acompanhar um espetáculo de luz sincronizado com áudio e vídeo. Com isso, elas consomem mais e geram receitas importantes para os clubes. Imagina você conseguir levar 10 mil pessoas 45 minutos antes e estimar um consumo médio de R$ 10 por pessoa. Com essa premissa, que acredito muito ser real, são R$ 100 mil a mais de receita. O retorno do investimento para um estádio que vai ser utilizado 25 vezes, 30 vezes, dependendo da particularidade do projeto, é em um ano. Então o que antes era um custo de infraestrutura, hoje é um investimento com payback de um ano. Novamente, reforço. É uma tendência e outros estádios do país devem adotar este tipo de iluminação”, destaca Tatini.
O presidente da Signify lembra que o Brasil sediou uma Copa do Mundo há quase uma década e os estádios passaram por uma grande mudança em termos de reformas ou construções. “A tecnologia avançou bastante neste período e o estádio do Corinthians é um ótimo exemplo para isso. Construído para a Copa, a arena passou por uma modernização na iluminação com um projeto feito pela Signify, desde o último mês de abril. A plataforma Interact Sports é o grande diferencial e protagonista do projeto. É a melhor e mais moderna tecnologia em sistema de automação de iluminação disponível no mundo, totalmente voltada para experiência do público e imersão em grandes arenas e aplicações poliesportivas”, frisa Tatini.
A Signify conta com o sistema Interact Sports, referência nas arenas mais tecnológicas do mundo, e que foi instalado pela primeira vez em um estádio do Brasil em 2022. Essa plataforma IoT proporciona o controle da iluminação inteligente em tempo real via software e geração de insights em dashboards. Com ele é possível criar experiências imersivas e únicas por meio da iluminação, com diferentes cenas e efeitos, proporcionando verdadeiros jogos de luzes que conectam a música com a iluminação. “Atrativo a mais para todos aqueles que visitarem a arena no período noturno, seja em um jantar no restaurante dentro das dependências com visão para o gramado, no tour pelo estádio ou até mesmo em eventos. A iluminação digital permite uma gestão flexível e escalável, adaptando-se a diferentes eventos desportivos, culturais, empresariais, entre outras”, detalha Tatini.
Roberto Payaro, CEO da Novvalight, observa que a quantidade de jogos de futebol transmitidos pelas TVs tem aumentado cada vez mais no Brasil. Muitos desses jogos são realizados à noite e a iluminação dos estádios é um fator primordial para a qualidade das transmissões. Por conta disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem intensificado o trabalho junto aos clubes brasileiros para que todos sigam os padrões estabelecidos pela entidade em relação aos fluxos luminosos nos seus estádios. “A maioria dos clubes apresenta em seus estádios iluminâncias em torno de 150 a 200 lux. A CBF tem tolerado padrões antigos em função do alto valor de custo de modernização. Por sua vez, os clubes têm buscado, dentro do possível, modernizar os sistemas de iluminação de seus estádios, passando a utilizar tecnologia LED, atingindo níveis mais altos do que os atuais. Mas, ainda abaixo do que seria a norma exigida.
Alguns clubes têm chegado na faixa de 800 lux. Porém, para seguir uma norma técnica correta, o ideal seria estar acima de 1.600 lux”, compara Payaro. Como a maioria dos estádios está fora dos padrões atuais de exigência, a expectativa de Payaro para os próximos anos é bastante promissora, com indicativo de uma revigoração de todo o parque instalado nessas arenas esportivas. “Se os clubes não se adequarem, os jogos nos seus estádios poderão ficar de fora das grades de transmissão”, alerta. Os fatores que normalmente impulsionam as vendas nesse mercado são basicamente reformas e modernizações (retrofits). “No momento não temos grandes estádios em construção. O mais recente foi a Arena MRV, em Minas Gerais, estádio do Atlético Mineiro”, menciona Payaro.
Em relação aos diferenciais da Novvalight, Payaro cita o fato do produto ser nacional e desenvolvido no Brasil, com todo ferramental aqui. “Nós não somos importadores de módulos LED, como a grande maioria dos concorrentes. Nosso produto é extremamente robusto, com proteção em vidro, que também é um diferencial exclusivo. A maioria dos projetores para essas grandes arenas tem lentes expostas, ou seja, o policarbonato, um plástico, um termoplástico, ele resseca ao longo do tempo, não tem a proteção de vidro”, destaca. Outro diferencial é que o produto da Novvalight não é modular, como a maioria dos produtos. “Temos um produto de basicamente 60 x 60 cm, num único módulo, uma luminária completa. Outra vantagem, por sermos um fabricante nacional, está ligada à garantia. Estamos aqui presentes o tempo todo, nossos prazos de entrega são muito eficientes e muito curtos. Estamos à disposição para garantir toda a assessoria técnica na montagem, no pós-venda. Esses são os maiores diferenciais de uma empresa nacional”, comenta Payaro.
Requisitos a serem atendidos e vantagens obtidas
Os estádios precisam estar dentro das normas dos padrões luminotécnicos exigidos pelas entidades esportivas, seja CBF, Conmebol ou FIFA, para que os jogos dos clubes possam ser televisionados dentro do país e também para o exterior. “As arenas esportivas precisam estar de acordo com as normas das entidades que cuidam do futebol. A CBF e a Conmebol, no caso do Brasil e América do Sul, respectivamente, possuem determinações próprias e as soluções da Signify atendem às necessidades. No Allianz Parque, por exemplo, a estreia da iluminação aconteceu em uma partida da Libertadores, em agosto do ano passado. Já na Neo Química Arena, o público teve a primeira experiência em abril deste ano, durante um jogo da Copa do Brasil”, comenta Daniel Tatini.
Para Tatini, as empresas e o próprio público já têm percebido que todas as modificações são investimentos necessários e que trazem grandes benefícios. “Em uma arena que recebe entre 25 e 30 jogos por ano, o retorno é feito em um ano. Oferecer um produto diferente para o seu consumidor faz com que ele esteja mais cedo no estádio para acompanhar e interagir, aumentando as receitas. É um círculo virtuoso que gera mais dinheiro, minimizando os custos”, reforça.
Sobre a importância do investimento em iluminação profissional nas arenas esportivas, Roberto Payaro destaca que se não houver o cumprimento das exigências, as partidas não serão transmitidas e isso pode causar prejuízos econômicos para os clubes e administradores das arenas. Quanto às vantagens de implantar um sistema moderno de iluminação em uma arena esportiva, Tatini destaca que isso significa colocar o seu estádio no mesmo patamar das principais arenas do mundo, com o que tem de mais recente em tecnologia. “As mudanças geram economia energética, no caso da Neo Química Arena uma redução de 60%, e fomentam a presença e participação dos torcedores, que passam a chegar mais cedo nos estádios para acompanharem o show que antecede a partida. Isso gera mais receita para os clubes e movimenta um lado financeiro até então não explorado”, complementa.
O ecossistema de iluminação instalado na Neo Química Arena, por exemplo, inclui 220 projetores LED Philips ArenaVision, o projetor mais utilizado nos maiores estádios do mundo, que substituíram os antigos 352 projetores de lâmpadas vapor metálico. A nova tecnologia proporciona uma redução de consumo de energia elétrica em cerca de 60%, com altíssimo fluxo luminoso e adequação às novas normas internacionais da Conmebol, entidade que cuida do futebol na América do Sul. “A tecnologia LED permite o acendimento instantâneo dos projetores, que na versão anterior levava 15 minutos para chegar em seu funcionamento ideal. No Allianz Parque, a transição para tecnologia LED, realizada no ano passado, aliada a um sistema de gestão inteligente da iluminação, proporcionou uma redução de gastos estimada em até 73%, considerando os custos de energia elétrica e manutenção dessa solução”, orgulha-se Tatini.
Roberto Payaro cita vantagens em termos de fluxos luminosos muito superiores, uma redução de consumo e também na qualidade de experiência oferecida ao espectador que está na arena e para os telespectadores que acompanham as transmissões pela televisão.
Cuidados na escolha
Sobre os cuidados que o contratante deve ter no momento da escolha/compra da melhor solução para atender suas necessidades, Daniel Tatini diz que é preciso entender que existe uma tendência no Brasil das arenas caminharem para esta evolução, quando o assunto é iluminação. “A partir disso, a Signify oferece o que tem de mais moderno em soluções. Além disso, é importante sempre reforçar que não se trata de um custo, mas sim um investimento. Isso é primordial. Quando digo investimento, é porque estamos sempre olhando para os resultados tangíveis que a solução pode proporcionar: maior eficiência energética e aumento de receitas”, resume.
Roberto Payaro, CEO da Novvalight, diz que é importante garantir que está contratando um fornecedor que irá entregar o que foi prometido dentro dos projetos luminotécnico, atingindo os níveis luminotécnicos necessários. “Daí a importância de uma aferição rigorosa na entrega do projeto”, observa.
Também é preciso exigir o uso de produtos de qualidade. “Infelizmente, existem muitos produtos de qualidade duvidosa no mercado. É fundamental que os produtos tenham garantia de cinco anos. Nós já vimos em algumas situações, reformas feitas muito recentemente, apresentarem problemas de queima de equipamentos com pouco tempo de uso. Grande parte da economia do projeto está relacionada à questão de manutenção. Temos equipamentos LED que garantem até 100 mil horas de uso. Um produto de qualidade, que ofereça esse tempo de uso, não precisará de manutenção ou troca por muito tempo. Isso é um grande atrativo para o investimento, o que os sistemas antigos, normalmente, não oferecem”, comenta Payaro. Outro ponto importante que deve ser levado em conta, diz o CEO da Novvalight, é a continuidade na fabricação dos produtos. “Imagine fazer uma ampliação dos fluxos luminosos para atender uma norma superior e não ter mais como adquirir o mesmo produto, caso muito frequente quando o fornecedor simplesmente importa os produtos”, exemplifica.
Recursos oferecidos
Sobre os principais recursos que os sistemas de iluminação atuais oferecem, Daniel Tatini cita que as iluminações das arenas possuem altíssimo fluxo luminoso, adequação às novas normas da CBF e padrões internacionais, além do acendimento instantâneo das luzes, que antes levava 15 minutos para chegar em seu funcionamento ideal. “Essas modificações proporcionam um ambiente mais confortável aos olhos dos jogadores e do público trazendo uma excelente uniformidade de luz horizontal e vertical sem efeitos de cintilação, além de atender aos mais exigentes padrões de transmissão de televisão sem cintilação, mesmo em replays em câmera lenta”, destaca.
De acordo com Tatini, é possível afirmar que a solução da Signify é o que há de mais moderno no mercado atualmente. “Compatíveis com o sistema Interact Sports, os projetores em LED Phillips Arena Vision, por exemplo, foram instalados na Neo Química Arena e trata-se de um produto premium, consolidado no mercado e presente nas principais arenas do mundo”, garante.
De acordo com Roberto Payaro, em relação aos sistemas de iluminação atuais, com a tecnologia LED, existem recursos de automação fantásticos. “Por exemplo, a luminária acende instantaneamente, o que não acontece nos sistemas antigos. Numa queda de tensão no estádio era necessário paralisar a partida, pois as lâmpadas demoravam de 10 a 15 minutos para religar. Isso não acontece com o LED, ele liga instantaneamente, em menos de um segundo. Com a automação é possível criar espetáculos fantásticos (um verdadeiro show) na entrada dos jogadores ou durante os intervalos. É um novo conceito de entretenimento”, exemplifica o CEO da Novvalight. “Quanto às últimas novidades, em termos de desenvolvimento tecnológico, existem LEDs hoje com índice de revelação de cor fantástico, revelação de cor na faixa de 90, que significa uma depuração da cor ao nível melhor possível, garantindo muito mais qualidade para o televisionamento dos jogos, valorizando a exposição das placas e logotipos de propaganda, e até mesmo as cores das camisas dos atletas”, menciona Payaro.