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Diferenças entre os sistemas de automação residencial e os sistemas de automação industrial e comercial

Publicado: 9 de agosto de 2015 Categoria: Artigos Técnicos

Este artigo da EURESIDE permite, entre outros, comparar a automação residencial e a automação industrial e comercial, ficando nós a saber o que distingue estes sistemas entre si.

Diferenças entre os sistemas de automação residencial e os sistemas de automação industrial e comercial

Cronologicamente, o desenvolvimento dos sistemas de automação residencial surge depois de seus similares nas áreas industrial e comercial. Por óbvios motivos econômicos e de escala de produção, os fabricantes e os prestadores de serviços, num primeiro momento, se voltam aqueles segmentos que lhes propiciam maior rapidez no retorno de seus investimentos. No mercado brasileiro isto não ocorreu de maneira diversa. Os primeiros sistemas automatizados de controle foram concebidos para aplicações especificamente industriais, ainda na década de 70. Consolidada a automação industrial, o comércio foi em seguida contemplado com sua automação que até hoje vem evoluindo, principalmente com o rápido avanço da informática (vide, por exemplo, a utilização intensiva dos códigos de barra) e os softwares de supervisão e gerenciamento apresentam aspectos de grande sofisticação. Lojas de departamento, supermercados, hotéis, hospitais, entre outros, têm sua operação totalmente integrada, incluindo sua logística , vendas, finanças, etc. Até mesmo o pequeno comércio e prestadores de serviço se utilizam dos benefícios da automação. Da mesma maneira, surgiram os chamados "prédios inteligentes" , notadamente aqueles voltados ao uso comercial; seus sistemas automatizados privilegiam as últimas tecnologias no campo de telecomunicações, ar condicionado, segurança predial e controle de acesso. Apesar da natural diversidade entre estes sistemas automatizados eles tem algumas características em comum, a destacar.

Seus conceitos de projeto são estandardizados, isto é, são desenvolvidos a partir de estimativas sobre a utilização padrão de seus recursos; por exemplo, num mesmo prédio comercial podem conviver consultórios médicos, advogados, empresas de alta tecnologia ou consultores, e portanto os conceitos devem valer para uma gama abrangente de usuários e visitantes;

A infra-estrutura necessária para a automação é criada desde a prancheta, ou seja, prevista nos orçamentos iniciais das obras e incorporadas durante a construção.

Sua operação pode ser complexa, pois implica grande número de usuários e muitas variáveis de controle; sessões rotineiras de treinamento para seus usuários são sempre benvindas.

A necessidade de "supervisão" é critica, por isso o monitoramento dos sistemas, acompanhado de relatórios de controle, auditorias, etc. são imprescindíveis.

Destacamos estes quatro pontos para poder contrapor a eles as peculiaridades dos sistemas residenciais de automação e mostrar como estes se distanciam nestas características. Isto é de extrema importância para o profissional da área, pois exige uma adaptação consciente dos recursos de projeto a serem empregados. Se não, vejamos:

Na automação residencial, em última instância, vale o estilo de vida e preferências de quem vai residir no local; por isso as soluções são muito pessoais e dirigidas; por exemplo, alguns clientes dariam excessiva ênfase aos sistemas de segurança se fossem residir numa casa isolada, mas este mesmo cliente ao optar por num condomínio fechado poderia abrir mão de alguns itens de segurança e, com o mesmo gasto ,sofisticar seu home theater.

Com relação a infra-estrutura (basicamente cabeamento e definição de equipamentos), infelizmente o projeto de residências ainda deixa muito a desejar; na maioria dos casos hoje vivenciados, as soluções se automação são desenvolvidas no decorrer da obra, quando não apenas ao seu final. Como podemos antever, isto compromete não só o orçamento final mas também prejudica o aproveitamento ideal dos recursos disponibilizados pela automação. Outro fator interessante a considerar é que boa parte dos equipamentos de automação doméstica não ficam obrigatoriamente incorporados ao imóvel, podendo ser levados pelo seu proprietário quando se mudar.

A automação residencial tem que se valer de interfaces amigáveis... os clientes/usuários são totalmente avessos a programações complexas. Se aceitamos sem muitas reservas a necessidade de "treinamento" para operar nossos escritórios e indústrias, ao nos transformarmos em "habitantes" de uma moradia tudo que desejamos é facilidade de operação e simplicidade de comandos. O instalador/ projetista de automação não pode se esquecer deste "detalhe", que muitas vezes compromete a qualidade final de um trabalho tecnicamente perfeito.

Na maioria das vezes, um bem projetado sistema de automação residencial não necessita de um "supervisor", ou seja, se o seu grau de confiabilidade operacional é elevado, o usuário se dá por satisfeito. À exceção dos sistemas de monitoramento e alarme, não se justifica a necessidade de manter registros ou auditar continuamente o funcionamento de equipamentos domésticos; os custos que seriam incorridos nesta prática certamente superariam os benefícios alcançados. 

Esta comparação possibilita um novo viés para interpretar as peculiaridades da automação residencial quando comparada aos requisitos da automação industrial e comercial. Logicamente existem características comuns a ambas as áreas, e que são sempre consideradas em qualquer avaliação dotada de bom senso, a saber: 

- adequada relação custo/ benefício

- confiabilidade

- interatividade

- atualização tecnológica (upgrades) simples

- conforto e conveniência

Julgamos este "alerta" importante pois a formação básica dos profissionais (engenheiros, arquitetos, projetistas...) que estão migrando para a automação residencial ainda é centrada na automação industrial e, como vimos, seus conceitos devem ser revisados e ajustados às novas realidades do mercado residencial.